środa, 20 stycznia 2010

Curta-metragens

Cântico das Criaturas (2006)

Assis, 2005: Um trovador percorre as ruas da cidade natal de S. Francisco cantando e tocando o Cântico do Irmão Sol ou Cântico das Criaturas, texto que S. Francisco redigiu no Inverno de 1224. Bosques de Umbria, ano de Mil Duzentos e Doze: Durante uma pregação aos pássaros, S. Francisco desfalece subitamente. Reanimado por St. Clara, o santo parece estranhamente ausente e sem memória. Quando a noite cai, os animais da floresta cantam em glória a Francisco. Mas esse amor cantado começa a gerar um sentimento de posse, um desejo de exclusividade, ao qual habitualmente chamamos de ciúme.



Ficha Técnica:

Realização e argumento: Miguel Gomes Produtores: Luis Urbano, Sandro Aguilar
Música: Mariana Ricardo

Elenco:

João Nicolau
Mariana Ricardo
Paolo Manera

ver o filme


Quando o Sol Toca na Lua (2001)



Dois solitários, Mário e Joana, perderam, na infância, a capacidade de dormir. Quando o destino faz com que se cruzem, conseguem voltar a dormir e deixam a solidão para trás. Definitivamente?

Ficha Técnica:

Realização: Pedro Palma
Argumento: Pedro Palma, Nuno Markl

Elenco:

Joana Seixas
http://cinema.sapo.pt/pessoa/paulo-oom/biografia
Alexandre de Sousa


Sophia de Mello Breyner Andresen (1969)

Um filme português de curta-metragem, realizado em 1969 por João César Monteiro, sobre a obra poética da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen.
Trata-se de uma experiência ímpar no chamado documentarismo do cinema novo português. O olhar reverente e contemplativo da poetisa é acompanhado pela atenção com que ouve a voz de Sophia a dizer a sua poesia.
O filme é, no final, dedicado à memória de Carl Theodor Dreyer.



Ficha Técnica:
Realização: João César Monteiro
Assistente de realização: Jorge Silva Melo
Produção: Ricardo Malheiro

Sobre o filme (em inglês)
Sobre Sophia de Mello Breyner Andresen

17 komentarzy:

  1. O filme sobre uma poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen é um documentário da corrente chamada Cinema Novo. No entanto, parece-me que não foi realizado segundo os padrões tradicionais do documentário biográfico. O filme não fala da vida da escritora ou, pelo menos, não duma forma aceitada popularmente: a poetisa não conta episódios da sua vida, não responde às perguntas dum entrevistador, etc.

    O cineasta filma Sophia como se fosse o seu amigo, uma pessoa que lhe acompanha no dia-a-dia. Ele convive com Sophia, persegue-a no quotidiano. Vemos olhares da poetisa e os seus gestos. Ouvimos a sua voz quando Sophia de Mello Breyner lê as suas poesias. O documéntario é simples, ``nu´´, sem decorações e sem uso dos aparelhos técnicos especializados. Na minha opinião, o realizador do filme improvisava muito durante a filmagem.

    O realizador mostra a poetisa com os seus filhos na casa, a ler um livro de poesias, em Algarve quando toma banhos, nada, etc. Sophia é apresentada em lugares normais, pelos quais andava. Por outro lado, são lugares e objectos que duma maneira especial pertencem ao mundo de Sophia. Também há cenas e imagens inesperadas como uma cena com um caranguejo, um plano num mercado de peixe. A dizer verdade, não conheço poemas de Sophia (excepto ``Homenagem a Ricardo Reis´´ ;-)), mas parece-me possível que o filme tenha como objectivo ilustrar duma forma implícita a sua obra poética e mostrar que a arte é verdadeira, permite o contato com o real.

    Sophia lê ``A Menina do Mar´´ (livro para crianças) ao seu filho quem critica a maneira de ler da mãe. Depois vemos cenas que se desenrolam na praia e que são um tipo de ilustração do livro. Além disso, ``A Menina do Mar´´´não é o único livro que trata duma paisagem marítima. Há mais. Parece que a natureza, e especialmente o mar, recorre tanto no filme quanto na obra da poeta. Na fita, ouvimos também os poemas ``Esta gente´´ e ``Inscrição´´.

    Quanto à protagonista, tenho de admitir que Sophia de Mello é muito bela e elegante. Os seus movimentos são suaves e solenes. Poderia compará-la com a nossa Beata Tyszkiewicz :)

    Kasia Dembowska

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  2. ''Quando o sol toca na lua'' é um curta-metragem (apesar de tudo) agradável, com um final surpreendente e original. No meu parecer, este final foi a melhor parte do filme.
    O curta conta uma história de duas pessoas que sofrem da insónia. Mário, protagonista, perdeu a capacidade de dormir na infância e nenhum médico lhe pode ajudar. Agora tem uns 25 anos e trabalha na rádio no programa ``Antes de Amanhecer´´. E quando já pensamos que o filme vai ser maravilhoso e temos esperança de que aconteça algo incrível... ficamos desiludidos. As cenas seguintes são demasiado sentimentais e a acção é fácil de prever. Ouvimos a voz do médico que diz a Mário que, um dia, o destino vai bater à sua porta. Ouvimos também a resposta do protagonista que sublinha, que não acredita no destino. Bem, então porque não escolhe por si mesmo o camino para poder voltar a casa, senão lança uma moeda no ar?! Logo é ainda pior. O protagonista, como o assegurou o médico, encontra num parque uma mulher bonita e conta-lhe uma história sobre a Lua e o seu poder de enfeitiçar a gente. Surpreende-me o comportamento da mulher: se um desconhecido se acercasse a mim para me falar (num parque, à noite!), escapava :) Entretanto, eles entabulam conversa. A Joana, como acontece normalmente em comédias románticas ou melodramas (isto não é surpreendente nem inovador, mais bem chato e doce demais), parece que gosta de Mário, mas inventa uma história sobre fado, destino e cara metade (ou outras asneiras) e... vai-se embora.
    E claro, tão como todos pressagiam, ``a rapariga do baloiço´´ escuta o programa de Mário (o Sol e a Lua como dois amantes que se tocam, o que vemos na forma de um eclipse) e o destino cumpre com os seus desígnios.
    Gostei muito do final da história: ocorre que os filhos de Joana e Mário repetem o destino dos seus pais e sofrem de transtorno do sono, ou seja, dormem de dia :)
    Também, adoro a música de fundo e as bonitas fotografías. Especialmente as que mostram a cidade e a natureza à noite.

    Kasia Dembowska

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  3. Acho que era uma boa ideia dividir o ``Cântico das Criaturas´´ em três partes bem diferenciadas quanto à realização, mas semelhantes quanto à temática.

    Na primeira parte vemos um homem que canta ao som da guitarra, a deambular pela cidade medieval de Assis. Ouvimos a letra do ``Cântico do Irmão Sol´´(que deu título ao filme), contemplamos a paisagem, colinas amuralhadas, montanhas, vales, etc. Parece-me que o acto de vaguear é reafirmado visualmente pela câmera de mão. As imagens movem-se como se nós mesmos passeássemos e observássemos o mundo. Graças a este procedimento, esta parte do filme é mais energética, rápida e viva. Os planos são muito expressivos. Merece a pena sublinhar, que uma realidade filmada é manipulada pelo operador da câmera e o seu olhar. Ele mostra-nos a cidade como quer que nós a vejamos. Interpreta o mundo, muda-o.

    A segunda sequência do curto representa os versos do `` Cântico das Criaturas´´. As vistas panorámicas desaparecem e no seu lugar há decorações teatrais. Temos um tipo de pano com umas plantas e montanhas pintadas, uma floresta de papelão e duas pessoas que representam papéis dos santos.

    Na terceira parte, final, aparecem imagens de vários animais e ouvimos as crianças que lhes emprestaram as suas vozes. Esta sequência revela uma inefável nem imensurável amor por cada criatura que existe no mundo.

    Em todas partes percebem-se a beleza do mundo e o amor pela vida, natureza e todas as criaturas, mas também reconhece-se a dor, tristeza, morte e sufrimento que a vida leva consigo. Em as três partes a musicalidade tem muita importância: na primeira -a canção, na segunda-a música de fundo e na terceira- os sonidos dos animais e as vozes de crianças.

    Para mim, este filme é uma homenagem a S. Francisco e a todas as criaturas divinas. Acho que o realizador do curta logrou interpretar o ``Cântico das Criaturas´´ com êxito. Além disso, a sua interpetação não repete nenhuns esquemas e mostra que com os meios simples é possível rodar o filme como este.

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  4. Vimos 3 curtas metragens. Se as quiser ordenar da melhor à pior (segundo mim), ordenarei assim: Quando o Sol toca na Lua, Sophia de Mello Breyner Andersen, Cântico das Criaturas. Porque assim?

    Quando o Sol toca na Lua é uma história simples de amor, é um filme que se vê bem e não é preciso ter nenhum conhecimento especial antes de o ver para o perceber. Acho que os actores desempenham bem os seus papeis (também crianças! o que como sabemos nunca acontece na cinematografia polaca...)

    O filme sobre Sophia é muito artístico e acho que não o compreendi bem. É preciso saber alguam coisa sobre a poetisa para se sentir comfortável vendo o filme. Acho que será muito mais fácil para nos perceber o filme quando o vermos no fim do segundo semestre quando já termos acabado o curso da literatura contemporânea. Acho que naquele tempo já vamos perceber por exemplo o papel da água no filme.

    Para mim cântico das criaturas foi um desastre! O filme foi péssimo. O filme feito como a filmagem do teatro o que algumas pessoas podem gostar, mas outras não! A história apresentada é simples e um pouco infantil.

    PS: já vi algumas curtametragens dos estudantes (finalistas) da Universidade Católica do Porto e acho-as mais interessantes e simplesmente melhores do que a média destas três que vimos na aula.

    Karolina Kowalska

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  5. Claro, não assinei o meu último comentário (o terceiro) :)

    Kasia Dembowska

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  6. Três histórias, três realizadores, três filmes completamente diferentes. Assim sendo, para mim é impossivél compará-los.
    "Cântico das criaturas" pela primeira vista parece uma história ingénua e infantil, que traz a lembrança do teatro televisivo. Vê-lo exige muita paciência e para mim foi pouco compreensível. No entanto, gostei muito da canção.
    "Quando o Sol toca na Lua" vê-se facil e agradavelmente. Porém, se não fosse a última cena, a com as crianças, o acharia um simples, ou até pouco original, filme sobre o amor.
    "Sophia de Mello Breyner Andresen" diverge-se dos dois primeiros, sobretudo por ser um documentário. Embora, como a Kasia já mencionou, fosse difícil compreender alguns símbolos e metáforas, não sabendo a poesia de Sophia, gostei imenso que o filme mostrou outra faceta da poetisa, nomeadamente no âmbito familiar, como as crianças não lhe deixaram concentrar-se e acabar a sua reflexão. Acho que foi aquele o filme que gostei mais dos três apresentados.

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  7. A minha ordem da melhor curta metragem a pior e a mesma como a da Karolina:)
    Gostei o mais de "Quando o Sol toca na Lua", sobretudo porque compreendi o filme inteiro. A historia e agradavel e romantica, mas tambem um pouco sentimental e facil de prever, nao exige muita concentracao, o que depois dos outros dois filmes foi um descanso. Tambem acho bom a ideia sobre as criancas que, como os seus pais, dormem durante o dia.

    "Sophia de Mello Breyner Andresen" e bastante mataforico, tem muitos simbolos ligados a poesia e vida privada da poetisa.Como eu nao sabia tudo isso para mim o filme foi um conjunto das imagens pouco compreensiveis e por isso um pouco cansativo.

    Do "Cântico das criaturas" gostei da primeira parte onde o homem canta, a voz bastante especifica, ao som da guitarra e podemos contemplar a paisagem. Mas o resto foi horrivel, especialmente a ultima parte com a mistura de vozes das criancas e animais que primeiro se multiplicam, depois se comem...para mim e demais!

    Magda

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  8. A minha ordem é diferente. Para mim o melhor foi «Quando o Sol toca na Lua», depois «Cântico das criaturas», e o pior - «Sophia de Mello Breyner Andresen»
    «Quando o Sol toca na Lua» é um filme que mostra uma história de amor simples. Gostei da idéia da insónia (talvez porque não é alheia para mim - que pena que ainda não há estudos nocturnos! ;)), e também da ideia do Sol e da Lua que normalmente não se podem tocar, mas que se amam (um mito presente em várias culturas) e o amor pode-se realisar na eclipse. Os protagonistas se encontram pela primeira vez à noite, por causa da insónia. (como o Sol e a Lua que às vezes são ambos presentes no céu, mas por pouco tempo). Aqui temos o amor da primeira vista - a história cor-de-rosa. Mas a Joana decide voltar à casa e ver se o destino vai os juntar. É claro para todos, que vai, porque nestas cenas o filme torna-se mais doce e pervisível, o que me desiludiu, porque pensava que vai ser mais misterioso. Os protagonistas, como Sol e Lua, têm de esperar alguns dias para o eclipse (segundo encontro) e torna-se claro que são apaixonados um por outro. O fim foi melhor: as crianças deles que também sofrem de insónia (porque, como antes Mário, querem olhar a lua), escondem esse facto, porque pensam que os pais não vão compreender isso. Esta cena é muito boa.
    Eu gostei do ambiente desse filme (além do meio tão melodramático e romântico), as melhores foram o fim, e também o começo do filme. Pode se ver «Quando o Sol toca na Lua» com prazer, para descansar, como um conto de fadas.

    Agata Bojanowska

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  9. Eu considero o «Cântico das criaturas» interesante. Não estou com certeza se compreendi todo o filme bem, mas houve nele algumas ideias de que gostei.
    O filme é dividido em 3 partes e trata sobre S. Francisco de Assis. (talvez o número 3 foi escolhido por causa de simbólica religiosa dele, ou porque S. Francisco tinha um cinto com três nós de corda que simbolisavam obediência, pobreza e castidade.)
    A primeira parte é mais moderna, podemos ver o Assis dos nossos tempos e ouvir uma canção``Cântico do Irmão Sol´´, que sublinha o tema principal do filme. A ideia da primeira parte foi interessante, mas, mesmo que a câmera estava a mover-se rapidamente para mostrar o ritmo dos passos humanos pela cidade, considero este elemento cansativo, porque não gosto da imagem do filme a ``dançar´´.
    A segunda parte foi muito boa. Claro, este filme não é facil para ver e apreciar, porque é diferente de isso que temos costume de ver. Mas a ideia de ``teatro´´ no filme (decorações pintadas e feitas de materiais de baixa qualidade, simplicidade) é para mim muito boa e pode simbolisar a pobreza do santo. As duas personagens atuam como num teatro. O que não gosto desta parte é o momento quando S. Francisco perde a memória, porque ele torna-se cansativo e depois aborrecido.
    A terceira parte é para mim a mais misteriosa e um pouco medonha. Os animais se amam e se devoram ao mesmo tempo. Para mim é o símbolo da natureza: têm de se devorar para viver, e se amam, porque todos são precisos para o círculo da vida poder realisar-se (cadeia alimentar). Mas porque têm vozes inquietadores de crianças? Talvez porque S. Francisco considerava todos os animais como os irmãos mais pequenos? Isso pode ser a razão, mas na verdade depois de ver a terciera parte fiquei inquieta.
    Se os partes simbolizam os 3 nós do S. Francisco, a primeira parte seria a alegoria da obediência que se pode ouvir no «Cântico das criaturas»: todos os elementos da natureza pertencem à deus; a segunda seria a imagem da pobreza, o que pode mostrar o modo de vida do santo e as escassas decorações, e a terceira parte, a castidade - talvez a da natureza, porque mesmo que os animais se devoram, quando se amam, não pecam.
    Mas talvez isso é só uma sobreinterpretação minha :)

    Agata Bojanowska

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  10. O filme mais cansativo e menos compreensível para mim foi "Sophia de Mello Breyner Andresen". É possível que o problema seja o desconhecimento da obra da poetiza, mas eu simplesmente não gostei deste filme. A ideia não é tão má: mostrar uma pessoa conhecida no seu dia-a-dia trona-a mais humana. Mas a imagem de Sophia de Mello Breyner Andresen deste filme considero muito triste. Ela não é compreendida pelos seus filhos que criticam o seu modo de ler, e que não ouvem quando ela cria os poemas. Não cuidam da sua veia, ouvem a música e jogam quando ela precisa de silêncio.
    O problema é que, como filho dela, eu também não gosto do seu modo de ler, porque é artificial, emfâtico demais, não para, não nos conta, mas insiste em ouvir as palavras por causa da continuidade da leitura dos versos. Isso cansa e tem-se vontade de escapar, de fugir para não ouvir esta voz cansativa que não é interrompida. Não há outros modos de mostrar a vida de Sophia de Mello Breyner Andresen neste filme, só a imagem e as poemas, o que me parece monôtono.
    Também não gosto de imagem, porque muitas vezes não é ligado ao poema que a poetiza lê neste momento. Alguns imagens de peixe são feias, alguns outros repetem os mesmos motivos (por exemplo do mar), que tem de simbolisar algo da sua poesia. Em soma, não acho o filme interessante.

    Agata Bojanowska

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  11. Eu acho tambem que esses tres filmes representam tres correntes completamente diferentes. O "Filme cantico das criaturas", dividido em partes, pode parecer uma historia simples e ingenua, mas se juntarmos essas partes, obtemos uma obra dificil de compreender. A musica e as paisagens sao as unicas vantagens desse filme.
    "Sophia de Mello Breyner Andersen" parece-me tambem bastante dificil, porque esta cheio de referencias e alusoes, que desbordam nos versos da poetisa. O filme e parecido com uma longa metragem de Kira Muratova "Os breves encontros" do ano 1967, onde a par dos dialogos aparecem os monologos bem desenvolvidos. Penso que o filme sobre a potisa seria mais claro para mim se eu conhecesse melhor a obra dela a as fontes da sua inspiracao.
    O terceiro filme, "Quando o Sol toca na Lua" nao exige uma interpretacao aprofundada, mesmo que contenha uma mensagem importante universal. E o meu preferido desses tres filmes - e o unico que tem uma trama consistente. O realizador usa truques engracados para apresentar a passagem do tempo ou o problema da insonia da crianca.
    Agnieszka Kowal

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  12. A curta “Cântico das Criaturas” é tão estranha, que não sei como a comentar. A todos, que -como eu- não sabem como referir-se a obra de Miguel Gomes, e querem compreender sobre o que o filme trata, aconselho a leitura dum texto escrito por João Toledo na pagina da revista de cinema FILME POLVO: http://www.filmespolvo.com.br/site/eventos/cobertura/860.

    Ok. Já sei, que o filme é sobre a beleza, a criação, a vida. Se, com toda essa sabedoria sobre o profundo significado filosófico, o uso dos meios artísticos, tenho a vontade de revê-lo? NÃO!

    Uma coisa é certa: Miguel Gomes é um dos mais controversos e provocativos jovens diretores de cinema português contemporâneo.

    Marysia Tomczyk

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  13. Não gostei das curtas realizadas por Miguel Gomes é difícil de dizer porque, vou tentar. Os meios artísticos usados por ele não causam nenhuma reacção mais forte e por isso passam despercebidos. Não vou ver estas curtas nem vou recomendá-los aos meus amigos.
    Anna Wilk

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  14. Eu nao sou uma grande fa das curtas metragens. Preciso uma historia mais longa para verdadeiramente sentir o filme.
    O primeiro sobre o Sao Francisco de Assis foi para mim "alternativo" demais. So gostei uma primeira parte quando o cantador entra na cidade - e nao gostei isso porque gostei o conceito, gostei porque fui ao Assis e um das mais bonitas cidades do mundo.
    O segundo que vimos sobre a Sophia de Mello Breyner Andresen, foi um desastre. Nada de interessante. A verdade e que quando vimos este filme eu rezei para ele acabar.
    E o ultimo, o melhor destes tres porque a historia foi boa mas para a novela ou para o filme de longa metragem. Na curta metragem...tudo foi curto eu pracisava que esta historia desenvolvesse um pouco. Pode ser que um dia alguem vai fazer o filme mais longo sobre este tema, e e certo que eu vou ve-lo com muita prazer.
    Marta Sadluk

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  15. Já há pouco para acrescentar depois de ler tudo o que as meninas escreveram. Eu por acaso gosto de curta metragens, sob a condição de não serem tão "artísticas" e "alternativas", como disse a Marta, para serem pouco compreensíveis. Gosto desse meio de expressão, porque é como o conto na literatura: cada elemento é significativo, não há tempo para explicações, para esperar por qualquer acontecimento. Tudo acontece já e agora, o que importa é o ambiente, graças a qual entramos logo na história e na vida das personagens.
    "O Cântico das Criaturas" já parece ser exageramente simbólico e ambicioso, exige bastante conhecimento e além disso muita paciência e concentração. O que é bonito é a homenagem ao São Francisco, as referências à natureza, à simplicidade.
    O documentário sobre a Sophia despertou o meu interesse sobre a poetisa, não conheço a poesia dela, mas tenho vontade de a conhecer. Acho que o ponto de vista do qual foi mostrada a vida dela (o lado mais privado, digamos: humano) faz o espectador pensar de quem são os poetas e geralmente as grandes personagens que todos acham que conhecem, mas na verdade não sabem nada sobre a vida real delas. Mostrar a Sophia com os filhos, em casa, desperta a simpatia e deixa vê-la de outra perspectiva.
    "Quando o Sol toca na Lua" foi simplesmente muito agradável para ver. Acho que a história é demasiado simples para um filme de longa metragem, então realizá-lo como uma curta é uma ideia excelente. Nem tudo precisa de muitas palavras e de 2 horas de contemplação. Considero esse filme uma historinha que se queremos podemos passar sem pensar muito, ficar com a interpretação tipo "comédia romántica". Mas se queremos pode deixar nos num estado pensador, dá oportunidade de reflexão sobre coisas em que não reparamos normalmente.

    Ania Lenkiewicz

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  16. “Quando o Sol Toca na Lua” é um filme muito simples, baseado nas metáforas triviais e sem nenhuma originalidade. É um filme banal, contudo realizado (em termos técnicos) duma maneira bastante boa. Mas não tem nada novo para oferecer ao público, nem acrescenta nenhum valor à cinematografia portuguesa.
    Nota:3

    “Cântico das Criaturas” começa duma forma muito agradável, com uma canção em italiano. Acho que é a única parte agradável e compreensível deste filme. Acho que esta producção é demasiado intelectualizada e artística. A segunda parte do filme, a história do S.Francisco, fez-me adormecer, e a terceira, com os animais e vozes das crianças não é só muito abstracta, mas parece mesmo kitsch (no pior dos significados que esta palavra tem).
    Nota: 2,5

    „Sophia de Mello Breyner Andresen” é o filme com maior possibilidade de ser bastante boa producção dos tres. Fragmento da obra desta mulher bem importante para cultura portuguesa foi, infelizmente, mostrada nele duma maneira muito chata. A convenção artística neste caso também é bastante incompreensível, mas introduz (pelo menos) alguma originalidade. Também é o filme mais velho dos tres, entao comparadno com os dois, a expressão artística é mais exigente e interessante. Que não significa que o filme seja atraente.
    Nota: 3,5

    Agata D.

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  17. Como os filmes sao da curta metragem, os meus comentariaos tambem vao ser curtos ;)

    Gostei imenso da curta metragem "Quando o Sol toca na Lua", apesar de historia simples e ingenua o filme traz uma mensagem importante e universal, que o amor serve como o remedio para as doencas do nosso mundo como por exemplo a solidão. Achei bonitas as fotografías, especialmente as cenas durante a noite, e a música de fundo. Na minha opiniao sao essas "metáforas triviais" e a apresentacao da historia como o conto de fadas em que reside a originalidade e a graca do filme. Nao todos os filmes tem de tratar da violencia, drogas e sexo para ser interessantes.Gracas a Deus!

    O filme “Cântico das Criaturas” foi para mim bastante compreensível mas demasiado inovador quando a ideia de dividir o filme em três partes. Especialmente nao gostei da ultima parte que foi psicodelica. Como Ola disse, trouxe a lembrança do teatro televisivo... que nem sempre e bom.

    Voces podem chamar-me uma ignorante porem o documentário sobre Sophia de Mello Breyner Andresen fez me dormir, nao encontrei nada interessante nesse filme.. As cenas quando realizador mostra a poeta com os seus filhos, a ler um livro de poesias ou no mar quando toma os banhos, foram para mim muito chatos. O filme nao enriqueceu o meu conhecimento sobre a escritora.
    Ania Szostek

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